Condenado, julgado e preso na Lava Jato, Paulo Melo acreditou que poderia retomar a vida pública como se nada tivesse acontecido.
Decidiu concorrer à prefeitura e o resultado foi uma dupla vergonha alheia: a derrota esmagadora nas urnas, onde sua adversária conquistou mais de 80% dos votos, e, em seguida, o fiasco do próprio filho, que não conseguiu chegar sequer a 400 votos.
Não demorou muito para que o ex-deputado voltasse às páginas policiais.
Uma nova operação, ligada a máquinas de caça-níquel, levou a buscas e apreensões em endereços ligados a ele. Uma lembrança clara dos tempos em que Paulo Melo era figurinha carimbada no noticiário policial — talvez até uma saudade mal disfarçada.
Mas os tropeços não param aí.
Paulo Melo continua acumulando denúncias no Ministério Público: funcionários fantasmas na Alerj,
uso da estrutura da esposa — deputada cuja função parece ser apenas sustentar os fracassos políticos do marido —
e ainda a acusação de cobrar 60% de rachadinha dos funcionários lotados no gabinete dela.
Agora, a cena que se repete é a de reuniões esvaziadas, um retrato de uma corrida eleitoral que já nasce com cheiro de derrota e o já conhecido tempero da corrupção.